terça-feira, 21 de maio de 2013

Sergipe, um fantástico arraial junino




Em Sergipe se brinca o melhor São João do Brasil. Não é bairrismo, é conhecimento de causa. Quando os ponteiros do relógio se cruzam marcando zero hora do dia primeiro de junho, Sergipe se transforma no maior arraial brasileiro. O Estado se divide em seis pontos estratégicos, sediados em Aracaju, Estância, Cristinápolis, Nossa Senhora do Socorro, Muribeca e Capela, que o fazem ser o caminho, nesta temporada do ano, para se brincar, numa contagiante alegria, os festejos juninos. 

Todo Sergipe se prepara. As cidades são enfeitadas com bandeirolas multicoloridas. Na disputa pela melhor temporada junina, Sergipe faz bonito e se transforma no país do forró. Há muita mais. As apresentações inesquecíveis das belíssimas quadrilhas juninas e de grupos do rico folclore sergipano. 

Em Aracaju e no interior shows e bailes caipiras animam os sergipanos e os turistas que estão visitando o estado nesta época. Em Estância, a 68 quilômetros de Aracaju, os fogueteiros estão em ritmo alucinante, preparando a pólvora para a fabricação de toneladas de fogos de artifício, como os barcos de fogo, as espadas e os busca-pés usados nas muitas batalhas travadas.

O roteiro das festas começa em Aracaju. Na Rua São João, zona norte da cidade, os moradores se encarregam de toda a organização da festa, que começa a zero hora do dia primeiro de junho, com uma queima de fogos de artifício e colocação de um mastro. Há concurso de animadas quadrilhas juninas e casamento do caipira. As ruas, em Aracaju, são clareadas pelas fogueiras, que queimam nas noites de véspera e dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, os três santos homenageados no mês. 

Em Estância, a 68 quilômetros de Aracaju, o mais belo espetáculo pirotécnico do Brasil, quando um barco, impulsionado por foguetes, fabricados à base de pólvora, é acionado para o delírio dos que assistem ao show. O barco desliza elegantemente por um fio metálico, com extensão média de 50 metros. Ao final, as pessoas se divertem numa ousada batalha de busca-pés. Conta-se, em Estância, que anualmente os fogueteiros, os melhores de Sergipe, preparam cinco mil quilos de pólvora para a fabricação dos fogos. Cantos e danças folclóricas animam o ritual da preparação da pólvora, numa festa que não faltam licores de jenipapo, pitanga e tangerina e comidas regionais. 

Bem próxima a Estância, na divisa com à Bahia, Cristinápolis, a 115 quilômetros de Aracaju, é outro ponto estratégico dos festejos juninos em Sergipe marcado pela queima de fogos de artifício. Lá não é um centro de produção dos artefatos juninos, mas o povo se diverte, e muito, com as batalhas de busca-pés, que, quando lançados dão variadas voltas no ar, num belíssimo e inesquecível espetáculo pirotécnico. A viagem junina em Sergipe reserva, ainda no São João, outra parada obrigatória: Areia Branca. 

É preciso bastante fôlego para cumprir todo o roteiro dos festejos juninos em Sergipe. Do São João vamos para o São Pedro, brincado de modos diferentes em Capela e Muribeca, respectivamente distantes 67 e 72 quilômetros da capital. Em Capela, bem ao estilo de Estância, a festa tem queima de fogos de artifício, como a batalha de busca-pés. Tradicionalmente, na manhã do dia 28 de junho, homens, mulheres e crianças alegremente se dirigem para uma mata nas redondezas da cidade. 

Uma árvore, previamente marcada, é arrancada. As pessoas voltam para a cidade cantando alegres músicas regionais e folclóricas e fincam a árvore, adornada de prêmios. No dia 29, dia de São Pedro, uma multidão se concentra diante do mastro, onde é acesa uma enorme fogueira. Quando o mastro cai, as pessoas avançam para pegar os prêmios, em meio a uma gigantesca batalha de busca-pés. Gritos de vitória dos guerreiros são ouvidos, e que se misturam ao som das melodias folclóricas. 

A culinária junina de Sergipe é de ar água na boca. Tudo à base do milho e do arroz. É a pamonha, a canjica, o cuscuz, o arroz doce, o mingau, os bolinhos, a macaxeira, a carne do sol, a carne ensopada – carnes de boi e de porco misturadas, o leite – de cabra e de vaca. Para os que gostam de um delicioso aperitivo, os licores da temporada são, contam as lendas, de efeito afrodisíaco. E eles são de tangerina, jenipapo, café, limão, pitanga e de tamarindo.


Quadrilha Junina Zabumba


“Passar as festas juninas comemorando e festejando todos juntos, fazendo o que mais gostamos: dançar quadrilha e levar para o povo grandiosos espetáculos mostrando arte e cultura através da Quadrilha Junina”. Do desejo de um grupo de amigos (Jailson Monteiro, Charles Carvalho, Ubiraci Muniz (Bira), Gustavo Cavalcante), nasce, no dia 07 de setembro de 2001,a Quadrilha Junina Zabumba, localizada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. A ideia do nome remete à vontade do grupo de criar uma quadrilha que traduzisse a alegria dos festejos juninos, daí a necessidade de um nome impactante, de força: ZABUMBA – denominação de um instrumento musical bastante utilizado nas festas de São João no Nordeste. Em 2002, no seu primeiro São João, a quadrilha ganha as ruas de Camaragibe e conquista campeonatos; ultrapassa as fronteiras do bairro e participa dos principais concursos do gênero no Recife e Região Metropolitana, classificando- se no 2º lugar do Concurso do Sesc. Muitos títulos importantes, como: campeã da Rede Globo Nordeste (2003), campeã do Concurso do Sesc (2004), vice-campeã do Nordestão / Fortaleza, CE (2004), vice-campeã da Rede Globo Nordeste (2004), vice-campeã do Festival Pernambucano da Prefeitura do Recife (2004, 2006 e 2009) e oito vezes campeã do Concurso de Camaragibe.
Essa pesquisa baseada “Nos Arraiais da Memória As quadrilhas juninas escrevem diferentes histórias” Mário Ribeiro dos Santos. Foi só um pouco, mas é claro que tem mais a falar, por isso contamos com cada um de vocês pra acrescentar e abrilhantar mais a sua quadrilha.

Quadrilha Junina Traque de Massa


A trajetória da Traque da Massa é curta, porém protagonista de trabalhos significativos, que abrilhantaram os capítulos da história do movimento Quadrilha Junina no Recife e Região Metropolitana nos últimos anos. O grupo foi fundado em 20 de março de 2004, na comunidade de Águas Compridas, Olinda, da junção das quadrilhas Tradição na Roça e Moderna Caruá. Entre os seus idealizadores, destacam-se Sérgio Ricardo Silva Lins, presidente, e José Roberto da Silva Neto, vice-presidente. 
A escolha do nome foi consenso, pois “queriam um nome que caísse na boca do povo, A Traque de Massa ficou na memória dos quadrilheiros pela singularidade e ousadia dos trabalhos que levava para os arraiais. Porque todas as quadrilhas jogavam traque de massa Nos cinco anos de existência, muitos nomes são importantes e merecem ser lembrados (o pessoal de produção, os dançarinos, os marcadores, os coreógrafos, as costureiras – profissionais que passaram e fizeram história na quadrilha). No entanto, destacaremos também neste documento os nomes de Anderson Gomes e Perácio Junior. Anderson foi o responsável pela concepção e desenvolvimento de temas que ficaram na memória de quem assiste e gosta de quadrilha. 
Em 2006, com o tema Fogos de artifício, pólvora e povo, o grupo conquista o seu primeiro campeonato: vencedor do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste e do Festival Regional, na Paraíba. Vitalino: sem barro o homem, com barro o Mestre foi o título do espetáculo de 2007, que definitivamente apresentou um novo modelo de quadrilha junina, inspirando muitos grupos a realizarem um trabalho de qualificada pesquisa. Com esse tema, a Traque conquistou o vice-campeonato no Pernambucano da Prefeitura do Recife, no Sesc e o 3º lugar na Rede Globo. Em 2002, repete o vice-campeonato do Pernambucano, obtendo o 3º lugar no Sesc e na Rede Globo.


Quadrilha Junina Origem Nordestina

Quadrilha Origem Nordestina em 1994


“Será que daria certo fazer uma grande quadrilha na comunidade do Morro da Conceição? Esse foi o questionamento feito por Lenildo Moreira de Carvalho (popularmente conhecido como Suelane), em 14 de setembro de 1994, num gesto profundo de religiosidade, intimidade e fé com a Santa mais popular do Recife. Assim, “criada através de uma promessa feita aos pés de Nossa Senhora da Conceição”, a Origem Nordestina foi a primeira quadrilha junina organizada no Bairro do Morro da Conceição, Zona Norte do Recife. Um lugar onde o sagrado e o profano se misturam, fortalecendo um ao outro, numa estreita relação de reciprocidade. Essa aproximação é percebida, sobretudo, nas diferentes formas de expressões culturais que dão vida ao bairro, entre elas, a Quadrilha Junina. “A maioria dos componentes são devotos de Nossa Senhora. Os que não são a gente tenta puxar para ela pela fé Moreira, que ainda acrescenta: “Na nossa quadrilha colocamos um casal para representar a promessa, vestido de azul e branco, sendo denominados padrinhos da nossa quadrilha”. 
O sentimento de devoção que une o grupo e a importância do trabalho social que realiza no Morro, estimulando os talentos locais, gerando renda e formando cidadãos, ultrapassam as fronteiras da quadrilha e ganham o reconhecimento dos moradores e da vizinhança, que passam a atuar junto ao grupo, não só como admiradores do seu trabalho, mas também como parceiros. A primeira grande classificação da Origem foi em 196, quando conquistou o 4º lugar no Festival de Quadrilhas Juninas da Rede Globo Nordeste e o 1º lugar no concurso promovido pelo Playcenter (atual Mirabilândia). Em 1998, a Origem conquista o vice-campeonato nos dois concursos mais disputados pelas quadrilhas, o Festival Pernambucano e a Rede Globo Nordeste,2000 foi o ano da sorte da Origem Nordestina. Ela consagra-se campeã do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Em 2001, conquista o vice-campeonato na Globo e no Pernambucano. 

Quadrilha Junina Raio de Sol



A Quadrilha Junina Raio de Sol foi fundada em 196, a partir da iniciativa de Alana Nascimento e José Bonifácio (Boni). Formada inicialmente por alunos da Escolinha Pantera Cor de Rosa, da comunidade de Águas Compridas, Olinda, foi criada apenas com o objetivo de animar a festa de São João da Escola. Devido ao sucesso da primeira apresentação, recebeu convites para participar de outros eventos e no arraial do bairro, conquistando a comunidade e o público. A cada ano, a Raio de Sol aperfeiçoava seu figurino, coreografias e casamento matuto, destacando-se entre as quadrilhas mirins e conquistando o seu primeiro grande título em 2000, como campeã do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas Infantis, promovido pela Prefeitura do Recife. 
As crianças foram crescendo junto com a quadrilha, que passou a categoria de quadrilha adulta, em 2002. Desde então, tem se classificado nos principais concursos de quadrilha do Estado. A partir de 2006, com marcador e coreógrafos que cresceram e se profissionalizaram em função da quadrilha, e devido à concepção diferenciada de fazer quadrilha dos produtores Fábio Costa e Américo Barreto, a Raio de Sol tem se destacado bastante. 
Conquistou o tricampeonato Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (Sítio da Trindade, 2006-2008), o Campeonato do Sesc (2006) e o Concurso da Rede Globo Nordeste (2007). Além de participar dos diversos arraiais espalhados pelos bairros do Recife e Olinda, a Raio de Sol tem representado o Estado de Pernambuco em Concursos Regionais de Quadrilhas: Nordestão (Natal-RN, 2006), Regional da Globo (Campina Grande-PB, 2007), Nordestão (Maceió-AL, 2007), Nordestão (Fortaleza-CE, 2008)e Iguatufest (Iguatu-CE, 2009).

Quadrilha Junina Lumiar



Com um nome que remete a luz, brilho, resplendor, nascia, em 192, na comunidade de Brasília Teimosa, o Grupo de Dança Lumiar. A iniciativa parte do coreógrafo Erinaldo Souza, popularmente conhecido como Nanau, juntamente com alguns amigos da localidade apaixonados pela dança (Maria Izabel Vasconcelos (Bebê), Norma Vasconcelos, Paulo Brito de Barros, Maria José de Barros (Zezé)). Nanau inscreve a Lumiar, em 195, para participar pela primeira vez do Festival Pernambucano, onde o componente Marcos França recebe o título de 1º Rei das Quadrilhas Juninas. 
Era o início de uma história com importantes premiações para o segmento. Em 197, Nanau deixa a direção da Lumiar, assumindo os trabalhos, o quadrilheiro, ator e coreógrafo Fábio Andrade (posição que desempenha até a atualidade). Não demora, e a Lumiar torna-se reconhecida pelo público como a quadrilha “Escola de Artistas”, pela criatividade, seriedade, profissionalismo e pompa dos espetáculos produzidos. Em 2000, com o trabalho Adivinha, adivinhação na festa de São João, consagra-se campeã no Festival Pernambucano, no Sesc Recife e o 3º lugar na Rede Globo Nordeste. Em 2001, é o ano do espetáculo Festa de Casamento, que mais uma vez dá o título de campeã do Pernambucano e da Rede Globo, além do bicampeonato do Sesc Recife. O 1º lugar na Rede Globo leva a Lumiar a participar do Festival Regional de Quadrilhas Juninas em Caruaru. 
Em 2002, é a vez do trabalho Fogueira é símbolo, fogo é louvor, que dá o título de campeã do Festival Pernambucano do Recife, o tricampeonato do Sesc Recife e os campeonatos do Festival da Rede Globo Nordeste e do Festival Regional de Quadrilhas Juninas (Rede Globo – Mossoró – RN). Para 2003, a Lumiar prepara o espetáculo Festa e Devoção, que proporciona os títulos de 5º lugar do Festival Pernambucano, 2º lugar do Sesc-Recife, 2º lugar da Rede Globo, campeã do Festival Regional de Quadrilhas (Rede Globo – Jaboatão-PE), campeã do 1º Festival da Federação de Quadrilha Juninas de Pernambuco FEQUAJUPE e campeã do 1º Festival Nordestão de Quadrilha Juninas, em João Pessoa- PB, uma realização da CONFEBRAQ – Confederação Brasileira de Quadrilhas Juninas. 2005 foi o ano do trabalho Uma Noite de São João na Cidade de Lumiar, que trouxe os seguintes títulos: campeã do Pernambucano, tetracampeã do Sesc-Recife, vice-campeã da Rede Globo, 4º lugar no Festival Regional de Quadrilhas Juninas (Rede Globo – Caruaru), campeã do 3º Festival da FEQUAJUPE e vice campeã no 3º Festival Nordestão de Quadrilha Juninas, em João Pessoa – PB, uma realização da UNEJ – União Nordestina de Entidades Juninas.

Quadrilha Junina Tradição


A ideia primeira de criar a Quadrilha Junina Tradição nasceu numa mesa de bar entre conversas e sonhos de quatro amigos (Fabiano Ferreira, Maurício Francisco, Ademário Ferreira (Xoxo) e Jimmy Glauber) moradores do Morro da Conceição, Recife. O pensamento só se concretizou, em 04 de fevereiro de 2004, quando se somaram ao grupo, os primos Joselito Costa e Perácio Jr. e os amigos Gildo Alencar, Anderson Gomes, Cleyton Santos (Buda), Sandro Sá, Diogo Luís, Adeilda (Tetei) e Lúcia (Nena), todos dissidentes da Quadrilha Origem Nordestina da mesma localidade. 
O nome foi inspirado na escola de samba Tradição do Rio de Janeiro, que também foi fundada a partir da dissidência com outra escola. A experiência adquirida na “Origem Nordestina” ajudou na condução dos trabalhos com o novo grupo. Os dançarinos passaram a desenvolver outras habilidades, novos talentos foram revelados, “surgindo grandes coreógrafos, projetistas, figurinistas, cenógrafos, compositores, marcadores, tudo o que precisava para colocar uma quadrilha junina na rua. 
O resultado dos investimentos foi satisfatório. Espetáculos bem-avaliados, conquistando muitos prêmios. São João: Festa da Fertilidade e da Fartura foi o título do trabalho em 2005, que deu a Tradição o bicampeonato do Festival da Globo; São João: a Grande Festa do Povo, em 2006, trouxe o 3º lugar do Festival da Globo. Quentão, tradição que esquenta o São João, foi o título do espetáculo em 2007. Em 2008, conquista o vice-campeonato na Globo com o trabalho Daqui Pra Lá, de Lugar em Lugar a Tradição Vem Festejar, abordando a história do teatro Mambembe. Em 2009, Geninha da Rosa Borges, dos palcos aos arraiais, traz para a Tradição o 3º lugar no concurso do Sesc e a 4ª colocação nos Festivais Pernambucano e Rede Globo.



Quadrilha Junina Forró Moderno


Inconformados com o encerramento das atividades da Quadrilha Flor do Abacate, alguns diretores, entre eles, Itamar Coutinho (marcador), Jerson Lins, Andrelino Mendonça e outros, decidem criar um novo grupo, que continuasse com o trabalho de valorização e preservação das nossas manifestações da cultura popular. 
Assim, nasce, em 17 de janeiro de 1996, na Rua Maria do Carmo Vieira, 31, Rio Doce, a Quadrilha Junina Forró Moderno. A escolha do nome é uma junção do ritmo forró, dançado pelas quadrilhas, e do novo estilo da quadrilha, agora mais moderna, ousada, diferente do modelo matuto comum até os anos 1980. O grupo ficou conhecido entre os quadrilheiros, “como a continuação de uma história ou o seu segundo capítulo – a Flor em nova versão”, diz Itamar. Dessa forma, a Forró Moderno seguiu sua trajetória conquistando muitos títulos, tais como: campeã do Festival de Quadrilha da Rede Globo (1996); Vice-campeã do Festival Nordestino de Quadrilhas Juninas da Rede Globo (1996); 1º lugar do Festival de Quadrilhas do GERA (Areias, 19 e 2001); 1ºlugar do Festival de Quadrilhas do Arraial São Gabriel (Bomba do Hemetério - Recife); 3º lugar do Festival Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (196); 1º lugar do Festival de Quadrilhas da Ilha de Itamaracá (2001), 3º lugar do Festival Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (2003); Bicampeã do Concurso de Quadrilhas do Arraial do Liba (2007/2008); campeã do Festival de Quadrilhas do Município de Joaquim Nabuco – Zona da Mata Sul - PE (2009).  


Quadrilha Junina Dona Matuta

Fundada em 16 de maio de 2006, no bairro de San Martin - Recife, Dona Matuta nasceu da união de jovens “veteranos” em quadrilha, que tinham como objetivo brincar o São João. Dos desejos e sentimentos juninos de Sérgio Trindade (presidente e marcador), George Araújo, Vivia Amanda (Katuxa), Sérgio Barros, André Perreli, Henrique Tenório, Edilze Belo, Cezar Augusto, entre outros, numa conversa no bar Dona Matuta (IPSEP), nasceu a ideia de criar uma quadrilha que reunisse amigos e contribuísse para a preservação dessa manifestação da cultura popular em Pernambuco.
 O slogan do grupo “Aqui é só Alegria”. Em 2009, Dona Matuta entra para a história das quadrilhas campeãs de um dos concursos mais esperados pelos quadrilheiros: o Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Com o tema A Festa do Pau da Bandeira, seus 116 integrantes levaram o resultado de um trabalho de pesquisa para Fortaleza, onde ganhou o título de melhor marcador e melhor destaque com o padre no Concurso Regional, e conquistou alguns títulos nos arraiais do Recife e Região Metropolitana.


O boom da quadrilha moderna – Os anos 80

Quadrilha Junina nos anos 80


Casamento Matuto nos anos 80
No início dos anos 80, permanecia em voga apresentar as danças populares após a Quadrilha Tradicional Roceira. Esta começava a dar seus primeiros passos para acrescentar sensíveis novidades nesta década, Assim sendo, trazia traços um pouco mais diferenciados e, por este pequeno ousar foram reconhecidos como modernos, e deste modo o repertório dos passos existentes foram dando espaço às frases de novos vocabulários de movimentos.
Os grupos de quadrilhas motivados a dançar distintos gêneros de danças começaram a incluir de três a quatro danças populares no repertório de suas apresentações, tais como o Xote4, a Dança Afro5, o Forró6, o Carimbó7 e a Macumba8, por se encontrarem entusiasmados com os novos vocabulários de movimentos que aprendiam, a ponto de deixarem de se dedicar mais à quadrilha. Envolvidos com o processo de inovar, na década de 80, continuavam a reelaborar os movimentos, a partir dos passos básicos concebidos nas suas montagens coreográficas.
O laboratório de pesquisa coreográfica resultava da seguinte maneira: nas duas primeiras danças, que poderia ser o xote ou o carimbó, eram conservados um ou dois passos básicos, depois adaptavam, atualizavam e introduziam outros movimentos, modificando as coreografas de ambas. O forró era uma coreografa livre, porque a música era um importante motivador para a criação. Nas duas últimas danças, não havia coreografia construída, dançava-se o repertório de gestos e movimentos sem marcação pré-concebida. Alguns entrevistados, entre eles Itamar de Oliveira9 e Valter Viegas10, citaram a Macumba como uma das danças apresentadas pelos quadrilheiros no começo dos anos 80, embora não lembrassem como havia surgido. Contudo, ao ser comentado este assunto em uma palestra, na Fundação Municipal de Belém – FUMBEL, em maio de 2004, o senhor54 ENSAIO GERAL, Belém, v3, n.5, jan-jul|2011 Edivaldo Magno11 explicou que a dança da Macumba foi estabelecida no repertório de danças dos grupos de quadrilhas pelo Pai Reginaldo Lopes.
Este promoveu um conhecido concurso de quadrilha no bairro do Jurunas, pois achou conveniente divulgar a dança de seu culto religioso por meio dos quadrilheiros. Para isso, incluiu no regulamento a presença desta dança. A partir deste momento, todos que participavam do concurso passaram a inserir nas suas quadrilhas a dança da Macumba. Os quadrilheiros se disponibilizavam a participar de concursos, independentemente das regras a que estavam submetidos. Os limites rompiam-se para manifestarem o desejo de dançar.
As outras danças populares tornaram-se tão importantes, que, por razões desconhecidas, foram transferidas para a quadrilha, remetendo nos, mais uma vez, à Suíte de danças, no período do século XIX, na Europa. Era moda iniciar com a quadrilha uma sequência de danças de salão e finalizar com a mesma. Por coincidência ou não, o modelo da Suíte retornava por outros interesses, os quais correspondiam às necessidades dos jovens, os mais assíduos participantes da quadrilha. O novo modelo de Suíte era considerado como um tipo de Quadrilha Moderna, cuja novidade da estrutura inseria três ou quatro danças. É para esta nova estrutura e concepção de Quadrilha Moderna, dos anos 80 que evidenciamos peculiaridades distintas da Quadrilha Tradicional Roceira.
O novo tipo de apresentação de Quadrilha Moderna ocorria da seguinte maneira: o grupo entrava, posicionava-se e iniciava a quadrilha, após uns cinco minutos paravam, rapidamente tomavam uma outra posição do corpo no espaço para a próxima dança, e desta maneira exibiam suas danças, por último, retornavam à quadrilha para despedirem-se e saírem do palco. Esta modalidade de quadrilha era frequente nos concursos promovidos nos bairros. Essa quadrilha, a partir de 1980, apresentava uma reformulação na estrutura, no desenho coreográfico e na performance dos dançarinos, que apontava a necessidade de um espaço físico específico para a apresentação. Em decorrência disto, os organizadores de concursos montavam palcos mais amplos, delimitavam o espaço e distanciavam o público para que este pudesse apreciar tranquilamente as quadrilhas.
As mudanças que ocorriam na organização de apresentação da quadrilha junina, com locais construídos para as apresentações, com datas e horários determinados, tornavam-na um espetáculo popular, produzido e apoiado pelas comunidades dos bairros. Deste modo, essa dança popular perdia a singularidade das danças espetaculares, vistas nos anos 60, quando a interação dos brincantes com as pessoas que assistiam era mais próxima, levando-os a participarem improvisadamente sem a preocupação de alinhamento, de movimentos amplos e executados com perfeição.
O tempo de apresentação não era determinado e dançava-ENSAIO GERAL, Belém, v3, n.5, jan-jul|2011 55 se em um espaço improvisado por quem assistia.

Quadrilha nos Anos 60


Forrozeiros nos anos 60

Quadrilha nos anos 60

Arraiá da Epitácio
Aconteceu em Julho a tão esperada festa Junina com o tema: “Anos 60″

 A E.M.Epitacio Campos apresentou grupo dançante” Quadrilha nos Anos 60”, dançando ao som Sertanejo de Luiz Gonzaga. Mais uma vez a inovação foi além do estilizado, e os passos fugiram um pouco da coreografia tradicional. Apresentar uma quadrilha diferente, que teve como tema Diversidade Cultural, enfatizando o Tema do momento Anos 60. A “Festa” foi parar no arraiá da Comunidade Caiçara.
A E.M.Epitácio Campos e parceria SME e Comunidade do Bairro Caiçara. Apresentou com ornamentações e temáticas voltadas para os Anos 60, forró e a quadrilha, sem deixar de lado, a quadrilha tradicional, os alunos prepararam um show de dança para abrilhantar mais uma vez esta festa.
O nosso objetivo foi reunir alunos, famílias e comunidade. A equipe educativa mostrou e apresentou o trabalho que é feito com as crianças além da sala de aula. Festa junina representa um incentivo cultural.
Resgatar a tradição junina incentivando nossas crianças e jovens à cultura e educação, este foi o intuito do grupo “Quadrilha nos Anos 60” da E.M.Epitácio Campos do bairro Caiçara, mostrando a perfeição e dedicação dos brincantes durante o festejo junino. A tradição apresenta inovação e resgata a Diversidade Cultural como temática para esta edição.
Apresentando dentro desta temática fragmentos de música nos Anos 60 com o foco o tropicalismo foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da década de 1960. O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado em 1967 pela TV Record.

§  Influências e inovações
Na imagem percebemos a evolução das roupas vestidas na quadrilha da figura 1 (quadrilha de 1980) e da figura 2 (quadrilha atual)

O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo, o concretismo. O tropicalismo, também conhecido como Tropicália, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art.
O tropicalismo inovou também em possibilitar um sincretismo entre vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.
As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.
O tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas décadas seguintes.

O incentivo não parte somente da gestão municipal, mas como a maior fonte estimuladora das ações culturais no município, é importante frisar o valor e a diversidade cultural existente em Caiçara. A diversidade cultural é despertada alguns sentidos da gente, como pelo cheiro das comidas típicas, pelos sons que ouvimos dos grupos que se apresentam no palco, seja também pelas barracas que reúnem informações sobre as representações culturais.

Com o Tema Diversidade Cultural a Escola apresentou neste momento a “Quadrilha nos Anos 60.


Quadrilha Brasileira


Quadrilha Caipira em São Paulo

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII. A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque). Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). 
Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos. O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha. No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina. Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes: "Quadrilha Caipira" (São Paulo) "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central) "Baile Sifilítico" (Bahia) "Mana-Chica" (Rio de Janeiro) "Quadrilha" (Sergipe) "Quadrilha Matuta" Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações. Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. 
Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança. Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste (indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Festas juninas pelo Brasil



As festas juninas, são na sua essência multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa de Santo Antônio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc., estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Ásia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.
No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
As grandes mudanças no conceito artístico contemporâneo, acarretam na "adequação e atualização" destas festas, onde ritmos e bandas não tradicionais aos tipicamente vivenciados são acrescentadas as grades e programações de festas regionais, incentivando o maior interesse de novos públicos. Essa tem sido a aposta de vários festejos para agradar a todos, não deixando de lado os costumes juninos, têm-se como exemplo as festas do interior da Bahia, como a de Amargosa, e Santo Antônio de Jesus, que apesar da inclusão de novas programações não deixa de lado a cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de serra" nos dias de comemoração junina.
A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.
O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Locais:
Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Ásia, Macau, Índia, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição dos santos populares bem marcada.
Atualmente, os festejos ocorridos em cidades do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Piritiba e Senhor do Bonfim na Bahia, em Mossoró no Rio Grande do Norte; em Arcoverde em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Campina Grande (PB), Caruaru (PE) e Cruz das Almas (BA) realizam as maiores festas do Nordeste, cada uma delas tendo 30 dias de festa. Campina Grande possui o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre.
Outra região conhecida pelas festividades do mês de junho é o interior de São Paulo, onde ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras. A culinária local apresenta pratos característicos da época, como a paçoca, o pé-de-moleque, o bolinho caipira, pasteis, canjica e outros. As quermesses atraem também músicos sertanejos e brincadeiras para os mais novos. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Notícia: Grupo busca o passado para retratar a evolução da quadrilha


O mês de junho está se aproximando e, com ele, as tradicionais festas juninas que envolvem as apresentações das quadrilhas juninas. Hoje o Estado dispõe de 20 grupos folclóricos, que pertencem à Liga das Quadrilhas Juninas de Roraima (Liquajurr) e à Federação Roraimense de Quadrilhas Juninas (Ferquaj).

Mais do que uma simples manifestação cultural, esses grupos fazem parte da cultura regional, que busca em seu berço reforçar os costumes, danças, gastronomia e a musicalidade de um povo. A quadrilha é uma dança típica do folclore brasileiro, que teve sua origem na França e que se desenvolve entre casais. Em Roraima, um dos grupos é o Explosão Caipira, que há 12 anos vive no cenário cultural do Estado.

Com o tema “Da Palha ao Ouro a Explosão Revela seu Tesouro”, o grupo vem este ano retratar de uma forma simbólica a modernização e a evolução da quadrilha. O presidente, Joel Rodrigues, explicou que a proposta temática é reviver o passado e valorizar o presente, contando de uma forma simples o seu processo de evolução. “A palha representa o passado e o ouro o presente”, esclareceu.

Para ele, o enredo deste ano vem trabalhar a visibilidade que um mesmo grupo pode fazer de duas formas, ou seja, a Explosão Caipira virá caracterizada com dois ideais, um mostrando o início do grupo e outro a realidade atual, não somente com a danças, mas também a parte musical. “A equipe toda é formada por 98 pessoas, enquanto os casais de brincantes somam 74”, disse.

Rodrigues informou que os detalhes da apresentação foram minuciosamente pensados como se fosse uma nota de repúdio aos jurados de 2010, quando a quadrilha trabalhou o tema “Aniversário da Disney”, época também de aniversário do grupo, portanto seria uma forma de comemorar, mas os dirigentes afirmam que os jurados não entenderam. 

“Mesmo com todos os personagens infantis no tablado e uma superprodução, ficou a dúvida. Agora queremos reverter este quadro e vamos fazer uma apresentação com riqueza de detalhes, para que possa ser entendido com facilidade pela comissão julgadora e consequentemente alcançarmos nossa meta”, comentou. 

Paetês, tecidos, rendas e outros acessórios fazem parte do figurino dos brincantes, que devem seguir a linha da temática e transmitir o sentido da história apenas pela vestimenta. Rodrigues lembrou que as roupas começam a ser confeccionadas com antecedência e que já foi produzida uma parte com o estilo mais antigo e as demais vêm com roupas mais modernas. 

Ele informou que, devido à escassez de produtos e acessórios típicos desta época em Roraima, os grupos recorrem às compras em São Paulo (SP) e Manaus (AM), todavia uma parte é adquirida no Estado mesmo. “São mais de R$ 90 mil investidos em material, os quais são arrecadados com empresários, convênios e ações do grupo, sendo que este valor não se resume às roupas, mas envolve todo o aparato de caracterização e música”, destacou.

Quanto às músicas, o presidente frisou que começam a ser gravadas em dezembro para quando os ensaios iniciarem, em janeiro, já serem realizados com o novo repertório. “Todo ano é um repertório diferente, contendo 22 músicas. Este ano foram investidos R$ 9 mil nas gravações”, ressaltou.

Com relação à preparação para as apresentações, Rodrigues enfatizou que as quadrilhas finalizam a sequência de apresentações em outubro, quando é realizado o arraial de São Francisco, que é o padroeiro do bairro Jóquei Clube, onde a quadrilha Explosão Caipira ensaia. 

“Após este período, há uma confraternização no fim do mês e, em novembro, a equipe retorna com o planejamento do que irá ser feito no ano seguinte. Em janeiro começam as atividades, como feijoadas e bingos para arrecadar verba”, complementou. 

Fonte:Folha Web.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Fotos

Antigas Quadrilhas:



Comidas Típicas Juninas

Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, quando realizava-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho. Aos poucos, a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses. Nessa data, o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas. Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa. Dependendo da região onde é realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade. Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. 
O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga. As festas juninas são conhecidas como características da Igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro. Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja. Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante sua realização acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, nos quais os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.

Festas Juninas no Nordeste

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura. 
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Tradições Juninas


As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina. De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal). Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. 
Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Fonte:Sua Pesquisa.com

Quadrilha e os santos juninos

A quadrilha é dançada em homenagem aos santos juninos ( Santo Antônio, São João e São Pedro ) e para agradecer as boas colheitas na roça. Tal festejo é importante pois o homem do campo é muito religioso, devoto e respeitoso a Deus. Dançar, comemorar e agradecer.Em quase todo o Brasil, a quadrilha é dançada por um número par de casais e a quantidade de participantes da dança é determinada pelo tamanho do espaço que se tem para dançar. A quadrilha é comandada por um marcador, que orienta os casais, usando palavras afrancesadas e portuguesas. Existem diversas marcações para uma quadrilha e, a cada ano, vão surgindo novos comandos, baseados nos acontecimentos nacionais e na criatividade dos grupos e marcadores. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Trajes usados na dança


No fim do século XIX as damas que dançavam a quadrilha usavam vestidos até os pés, sem muitaroda, no estilo blusão, com gola alta, cintura marcada, mangas "presunto" (como são?) e botinasde salto abotoadas do lado. Os cavalheiros vestiam paletó até o joelho, com três botões, colete,calças estreitas, camisa de colarinho duro, gravata de laço e botinas.Hoje em dia, na tradição rural brasileira, o vestuário típico das festas juninas não difere do deoutras festas: homens e mulheres usam suas melhores roupas. Nos centros urbanos, há umainterpretação do vestuário caipira ou sertanejo baseada no hábito de confeccionar roupasfemininas com tecido de chita florido e as masculinas com tecidos de algodão listrados e escuros.Assim, as roupas usadas para dançar a quadrilha variam conforme as características culturais decada região do país.Os trajes mais comuns são: para os cavalheiros, camisa de estampa xadrez