À medida em que a dança foi se tornando popular no Brasil, os ritmos franceses foram deixados de lado e passou-se a acrescentar passos tipicamente brasileiros. Com essas alterações, a quadrilha foi se tornando cada vez mais popular, especialmente nos meios rurais (o que é muito interessante se considerarmos que, séculos antes, ela era exatamente uma dança rural).
Com a valorização do folclore nacional, a quadrilha foi ganhando cada mais espaço e divulgação, especialmente no Nordeste, através de associações municipais, Igrejas e outras instituições. Além disso, foi ampliando seu espaço como atividade pedagógica nas escolas, mesmo nas áreas urbanas.
O Brasil é muito grande e isso ajudou a surgir algumas variantes regionais, como a quadrilha caipira, em São Paulo, o baile sifilítico, na Bahia, ou o saruê (corruptela de “soirée” – olha o francês aí de novo), no Brasil Central.
Apesar das peculiaridades, as características básicas costumam ser as mesmas em todas as quadrilhas. Há a presença de um “narrador” ou “marcador”, que tem a função de ir falando o que os casais devem fazer a cada momento (é o carinha que grita “anarriê!” ou “olha a cobra!”) e os participantes se vestem de matutos ou caipiras.
Também é bastante comum a encenação do famoso “casamento na roça”, tendo no meio da quadrilha um casal caracterizado como noivos. Essa característica, por sinal, tem relação direta com as festas de São João europeias, que têm festejos que fazem referência a casamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário